Drogas leves? Como assim?





Drogas leves? Como assim?

“Algumas pessoas minimizam o uso da maconha,
porque acham que é uma coisa natural.
Ora, veneno de cobra também é bem natural...”

Darléa Zacharias

Não gosto e nem devo me aprofundar em questões alheias,
mas não poderia deixar de falar do uso de uma droga
que muita gente acha light e inofensiva: a maconha!
Vejo algumas pessoas defenderem o uso desta droga veementemente, tudo bem, isto é um direito delas, mas eu particularmente tenho a minha opinião sobre esta questão.
Segundo o médico Anthony Wong, em uma entrevista concedida ao dr. Dráuzio Varella, “Muita gente diz que maconha não faz mal e não vicia. Afirmam que a dependência é apenas psicológica e que, portanto, o usuário consegue abandonar a droga quando quiser. Quem pensa assim está enganado. Maconha vicia, sim. No meu consultório, atendo adolescentes levados por pais preocupados com o fato dos filhos estarem fumando maconha. Embora nenhum desses adolescentes se considere viciado, a todos proponho o mesmo desafio: 90 dias sem fumar um único baseado sequer. Como controle, a cada quinzena devem fazer um exame para verificar se há ou não traços de canabinol na urina. Nunca houve um que apresentasse resultado negativo”, afirmou o médico.
Segundo Içami Tiba, conferencista, escritor, médico,
orientador educacional, psicodramatista, psicoterapeuta e psiquiatra brasileiro, muitos profissionais que lidam com jovens usuários crônicos de maconha diagnosticam, com preocupante constância, crises psicóticas aliadas a estados depressivos com tendências suicidas. Se a maconha não provoca mortes diretamente, pode, sem dúvida, provocá-las indiretamente, pelos efeitos do uso prolongado e/ou concomitante com outras drogas. Por isso, a maconha não deve ser debitada a exclusividade de um índice maior de suicídios entre seus usuários.
No ano passado, a polícia do Rio de Janeiro estourou uma “boca de fumo” onde encontrou “craconha”. Mistura de crack com maconha, o mix que compõe “o produto” leva solvente, ácido, talco, mármore e outros componentes menos nobres
ainda. O uso de maconha com álcool é comum e conhecer os processos usados pelo organismo para metabolizar a droga é suficiente para saber por que o corpo vai à lona e pode não se levantar mais: alguns canabinóides deprimem o centro do vômito que, como se sabe, é uma espécie de defesa do indivíduo alcoolizado para eliminar o álcool do organismo; ora se o vômito não ocorre, por estar deprimido o seu centro pela ação do risco de morte é muito mais pronunciado.
O dr. Mitchell Rosenthal, diretor do Phoenix House, de Nova
York (*), a maior instituição de tratamento de usuários de drogas dos EUA, enuncia, como que referendando o alerta do dr. Roig, que “inúmeros adolescentes e jovens não vão amadurecer como deveriam, não terão os ganhos intelectuais que deveriam ter nos seus anos de crescimento, não se tornarão os cidadãos produtivos e capazes de que a sociedade precisa”. E o uso de maconha colabora decisivamente para isso. Para ilustrar, o dr. Mitchell tira do jaleco uma conclusão extraída de pesquisas americanas que demonstram que “crescem as evidências de que, entre os adolescentes e os jovens, a maconha é uma das maiores causas de problemas psiquiátricos que os EUA vêm enfrentando”. Corroborando a assertiva do médico, o NIDA — National Instituteof Drug Abuse (Instituto Nacional de Abuso de Drogas, dos EUA) informa que “a cada ano, aproximadamente, 60 mil pessoas que vivem com os pais, procuram tratamento para problemas relacionados ao uso da maconha. Esse tratamento, geralmente ambulatorial, dura quatro meses em média, registrando um índice de retorno de cerca de 20%.” Entorpecidos pela ação da maconha e drogas acessórias, o adolescente poderá fazer emergir uma pessoa com conceitos distorcidos. O cérebro espremido e afetado por anos de uso das drogas buscará referenciais dos momentos em que não estava afetado, levando o usuário a comportamentos incompatíveis
com sua idade. Ele simplesmente para de amadurecer e crescer no momento em que começa a se drogar. O dr. Jason Baron, diretor médico do Hospital “Deer Park”, de Houston, EUA (*), que trata exclusivamente de usuários de drogas na idade de 14 a 25 anos, relata: “muitos jovens quando param com a maconha tentam retornar ao tempo, felizmente, com tratamento adequado, pode-se ensinar-lhes certas habilidades que lhes permite recapturar a falta dos anos da infância ou adolescência perdidos. Tenho visto usuários de drogas de 18 anos ou mais que quando se livram da maconha começam a brincar de carrinho e bonecas”, conclui. O dr. Roig postula uma tese mais sombria ainda, quando afirma que a sociedade de hoje, por estar saturada, está descuidando das novas gerações. “Quando há saturação, a sociedade começa a machucar as novas gerações”. Ele fala de permissividade. É como se fosse à lei da evolução natural. A falta de controle dá raízes esquálidas e imaturas, mas abundantes, a uma geração que não está muito preocupada em herdar bons valores, não se agredir e nem aos outros. São essas pessoas, sem o menor verniz de cidadão (até porque, no caminho em que se encontram, não sabem o que é cidadania), que moldarão as próximas gerações.
“Podemos prever o crescimento de uma população de imaturos, adultos não qualificados, vários deles incapazes de viver sem um suporte social, econômico e clínico; com o tempo, teremos um número inimaginável de cidadãos emocional, social e intelectualmente deficientes”, sinaliza o dr. Rosenthal. Então, será que devemos assistir passivamente aos herdeiros desse mundo bebendo, fumando, injetando e inalando a morte em nome de uma individualidade torturada e entortada pelas drogas?”
Falar de tipos de drogas é complicado, pois pelo que aprendi com o programa de 12 passos, a adicção é uma doença que não distingue substâncias. Ela não pré-determina fatores químicos. Tudo que entrar no organismo e alterar o ânimo e o humor fará com que a doença progrida. Então, só posso falar das experiências que vivi, e do que presenciei todos estes anos em que venho frequentando grupos de ajuda mutua e também fora deles. “Observei pessoas usarem por “pouco tempo” e perderem tudo. Conheci outras que levaram anos usando até encontrarem o seu primeiro fundo de poço. Vi usuários de cocaína, heroína e crack encontrarem a recuperação e adictos a maconha morrerem sem conseguirem ficar limpo.”
Segundo o Texto básico (literatura de 12 passos), embora a
adicção seja uma doença basicamente igual para todos os adictos, o grau da doença, o estágio e o ritmo da recuperação, varia de pessoa para pessoa. O problema não é quais as substâncias usadas e, sim, a doença da adicção que leva a pessoa ao total estado de escravidão por causa da obsessão e da compulsão.
A doença da adicção, só poderá ser detida através da completa abstinência de todas as drogas, incluindo o álcool e a maconha. Para um adicto não existe este papo de separar as drogas leves das pesadas, porque o nosso organismo não consegue fazer tais divisões e a única maneira de não voltar a adicção ativa é não usando a primeira dose de qualquer tipo de substância que altere o nosso animo e humor. Pois, para o obsessivo compulsivo, uma dose é demais e mil não bastam. E, isso é inegociável.

Trecho do livro "Inimigo Oculto" de Darléa Zacharias

Para ler mais sobre este texto compre o livro através do site:www.darleazacharias.com.br

Adicção e a Co dependência: Uma mistura explosiva!



Adicção e a Co dependência: 
Uma mistura explosiva!

“Talvez a família nem se surpreenda mais com a nossa capacidade de detonarmos pessoas e sonhos; por isso, muita vezes, se vê obrigada a cortar o cordão umbilical que liga o adicto ao sistema nervoso central do desprazer de tê-los por perto. Agem assim, não

pelo fato de não mais amá-los, mas por não aguentarem mais esta jornada frustrante de tantas insanidades e promessas não cumpridas, vagas e vazias.”

Darléa Zacharias

(Trecho do livro "Inimigo Oculto: Foco, Força e Fé")


http://darleazacharias.com.br/
Recaída:  Uma consequência!

Sofremos de uma doença traiçoeira, que não irá desistir enquanto não nos abater e matar. Ela trabalha incansavelmente, dias e noites a fio, na intenção de nos controlar e escravizar novamente. É, por isso, que o programa de recuperação é diário e o compromisso de ficar limpo também. Não existe absolutamente nada que justifique uma recaída. E existem mil e uma maneiras de não usar, começando por pedir ajuda. Mas, se recair, volte rápido para a recuperação, antes que a miséria do uso lhe consuma por completo, pois chorar pelos cantos pela recaída, definitivamente não vai adiantar. Chorar não irá lhe levantar, por isso, limpe as suas lágrimas, encarando às suas reservas e eliminando-as.

O processo de uma recaída é silencioso, mas não deixa de ser óbvio, pois ele sempre vem acompanhado por algum tipo de comportamento, que insistimos em cultivar, ou através de sentimentos que deixamos passar batido. Mas, em todos os casos, sem exceção, ela fornece-nos indícios. Quando estamos caminhando para uma recaída, sabemos muito bem que estamos agindo errado, mas não queremos seguir os nossos instintos básicos, que nos dizem que estamos sendo desonestos conosco, porque estamos mergulhados no autoengano. Nestes processos, temos grandes e miraculosas ideias, e decidimos (por conta própria) levá-las até o fim, sem darmos atenção para as consequências. A teimosia e a desobediência agem conjuntamente e nos dizem que nada de mal nos acontecerá se fizermos coisas da forma errada e a insanidade nos induz a pensar que está tudo sob total controle. Mas, já dominados e totalmente complacentes, empurramos com a barriga aqueles defeitos que gritam por mudança dentro de nós. Então, digo-lhes, sem medo que podemos reverter o quadro que está nos desviando do caminho da recuperação e de uma realização espiritual.

Estancar o processo de recaída é possível. Geralmente, a recaída, vem de braços dados a mente fechada, por isso, precisamos de uma visão periférica da condição em que estamos, desenvolvendo novos hábitos, para evitá-la. A recaída nos dá os seus sinais, de várias formas. Às vezes, nos tornamos obcecados, e resolvemos continuar insanos. Mas, o minuto seguinte da insanidade poderá ser fatídico, desastroso, fatal e porque não dizer, mortal!

A única maneira de impedir a recaída é mudando radicalmente os nossos comportamentos. O fato é que podemos mudar qualquer coisa que não estejamos fazendo certo, abrindo mão das nossas vontades egocêntricas para desfrutarmos da liberdade que conseguimos através da recuperação.

A recaída não faz parte da recuperação, mas sim da doença da adicção! Porém, usar drogas é, e sempre será uma questão de escolha pessoal, e absolutamente intransferível!

Darléa Zacharias

Texto extraído do livro: Inimigo Oculto - Foco, Força e Fé

Site: www.darleazacharias.com.br
"O único caminho que não tem volta é aquele que ainda não tivemos a coragem de ousar trilhar..."

Dizem que o uso de drogas não tem volta... Tem sim! Se você quiser, de todo o seu coração mudar de vida, poderá construir uma ponte, entrar em recuperação, e mudar a tua história...
Não existe caminho sem volta. Nosso caminho nós mesmos traçamos aqui, hoje, neste momento.

Nesta vida somos meros aprendizes dos nossos próprios erros.
Só temos uma certeza: a de que um dia morreremos, então que possamos viver esta vida, que nos foi emprestada por Deus amoroso da melhor maneira possível.

As drogas nos fazem covardes e omissos. Nos tornamos passionais e permissivos. Aceitamos a condição de escravos usando para viver e vivendo para usar. Mas, não nascemos para sermos escravos do químico e dos nossos maus comportamentos. Temos escolha quando decidimos não sermos mais controlados.

Podemos optar pela vida e pelo novo que se inicia, a cada dia. Esqueça aquela velha e mentirosa frase que diz: Pau que nasce torto não tem jeito. Não somos madeira, somos humanos e plenamente capazes de discernir o que nos fará um perdedor ou um vencedor. E, as drogas sempre nos fará perder em alguma área de nossa vida. Não importa o tempo que levará, chegaremos ao fundo de poço quando descobrirmos que não funcionamos como seres humanos com ou sem droga. Com o uso, nos tornaremos sobreviventes, envoltos ao caos da desesperança.

Nascemos livres e limpos e deturpamos tudo. Buscamos subterfúgios para nossas dores nas drogas, nos tornando irresponsáveis e complacente com a derrota. Mas, só poderemos nos reencontrar quando voltarmos a estaca zero, e rendidos, aceitarmos que não é possível usar droga e ser feliz!
A vida está em nossas mãos, o que decidiremos hoje? Ser feliz ou amargar na frustração?

Não falo de adicção cientificamente, mas falo com a propriedade de quem um dia viu a morte de perto e só quem passa por isso é quem sabe como dói, ser uma fantoche, um brinquedo nas mãos do palhaço. Todos sofrem com um adicto na adicção ativa, mas só quem vivencia os horrores da adicção, pode entender o quanto é difícil este caminho.

Para nos recuperarmos não podemos nos agarrar ao fato de que é dolorido demais olhar a vida sem anestésicos.
Temos que nos concentrar no leque de possibilidades e nas probabilidades de nos tornarmos pessoas melhores para nós mesmos e para os que nos cercam, vivendo sadio, livre e limpos, sem medo de ser feliz.

Darléa Zacharias

"Trecho do livro Drogas o árduo caminho da volta- coragem para mudar!"

www.darleazacharias.com.br

Hoje é o dia mais importante da minha vida! 
Hoje, é um dia comum, mas não um dia qualquer! 
Nada de "mega" aconteceu, a não ser a capacidade de perceber que, a cada segundo, tenho uma nova oportunidade de fazer melhor e diferente do que fui e fiz até agora! 
Cada dia, novas e felizes escolhas, e como recompensa, ganho grandes presentes de Deus à serem desembrulhados; não sei o que tem dentro dos pacotes, mas já decidi abrir, desde já, gentilmente agradecendo pelo que está por vir. 
Recebo este dia, com responsabilidade e gratidão por fazer parte desta grande e complexa corrente da vida! 
Só por hoje!!!

Darléa Zacharias

Eu, minha codependencia e os adictos da minha vida...

Eu, minha codependência e os adictos da minha vida.
Por Dárlea Zacharias

Falar de como me sinto sendo uma adicta em recuperação e de que maneira me posiciono perante "meus adictos" não é difícil, venho aprendendo através dos 12 passos a construir a minha cerca, falando para eles: Eu te amo, mas não concordo com o seu comportamento sigo usando assertividade e colocando limites em minhas preocupações e meus comportamentos. A mudança deve partir em primeiro lugar de mim, o resto é consequência.
Por toda minha vida, estabeleci uma relação de amor e ódio com eles, que me esgotou completamente emocionalmente.
A alternância de identidade dos mesmos, o poder de auto- sabotagem, o descontrole emocional que acabava me contagiando, a minha falta de habilidade em ser mais assertiva e menos permissiva, me impediam de tomar atitudes onde eu pudesse me colocar em primeiro plano naquelas relações.
Por vezes, olhá-los fixamente e pensar durante alguns instantes em sua partida, foi o que me deu forças para prosseguir. Pensar em como minha vida seria diferente e em como eu seria mais feliz sem tê-los por perto era um pensamento egoísta, mas, era o muro de auto proteção, que me protegeria de ser alcançada por eles.
Sei que é estranho para quem nunca viveu um problema assim compreender tais pensamentos, mas, só quem passa ou passou, consegue entender a ténue linha da razão e da insanidade que toma conta de nossas mentes, quando somos de alguma forma, manipulados, usados, desmerecidos, desconsiderados, descartados , imobilizados e abusados afetivamente por eles.
É como um túnel, um vazio... A culpa é um eco que teima em gritar que fracassamos de todas e imagináveis maneiras. Uma voz que nos diz o quanto somos tolos em amá-los sem que eles sequer mereçam nosso amor e as nossas lágrimas. Porém, como exigir amor de uma pessoa que não consegue se amar? Se a pessoa usa droga ele não se ama, então como pode dar o que ele não tem para si mesmo?
A sensação de ser nada para eles, nos dilui. A certeza de sermos apenas, provedores de formas compulsivas de uso, nos paralisa e desespera.
Nos tornamos obcecados por sua melhora e adoecemos com eles, a cada dia um pouco mais.
Buscamos resolver seus problemas, quando na verdade não enxergamos a dimensão do nosso. Não conseguimos compreender que nossas vidas param juntamente com a dele .Temos medo do toque do telefone, da campanhinha,viramos refém do medo.
Não temos como ajudá-los, se eles assim não quiserem e isso é fato. E, isso nos destrói. Pois, se tivessemos o poder de controlá-los, saberíamos exatamente o que fazer, mas não temos este poder e isso nos paralisa.
Não conseguimos entender o motivo de tanta revolta e insanidade e a cada mentira e tentativa frustrada de ajudá-los, nos afundamos mais e mais na codependência ativa.
Sabemos no fundo de nossos corações, que amamos nossos adictos. Mas, precisamos permitir que eles cheguem a seus próprios fundo de poços. Não temos o poder de estancar o processo de desmoralização e degradação e agimos dominados pelo desespero e sofremos.
Lidar com a frustração e com o medo, é terrível. Sabemos que ele ou ela tem um potencial gigantesco, mas usam essas virtudes como arma mortal em sua adicção ativa e observar isso dói...
Como continuar a amá-los se eles tornara-se nossos apaixonantes arquiinimigos? É um paradoxo no mínimo contraditório.
Vivemos em uma montanha russa de emoções, que nos puxam para baixo em força centrifuga e esmagadora.
Eles matam nossos sonhos, nossa coragem, nossa força e nossa frágil autoestima. Empobrecemos nossa mente e espírito; E, nosso físico já debilitado pede cama e isolamento. Quando entra em processo de crise depressiva, preferimos não encarar nossa realidade. Conviver com eles, é um desafio, um ciclo mortal que recomeça a cada bom dia. Ao vê-los temos um pressagio de uma nova armação da parte deles. A cada cruzada de olhar, parecemos prever todo o desenrolar do dia. Sabemos que estamos prestes a reviver o mesmo pesadelo de ontem. Nossa intuição nos diz que todo o processo de auto destruição está prestes a recomeçar. Enquanto os observamos desesperados, querendo mais uma dose, constatamos nossa impotência. Eles andam pela casa sem rumo, nervosos, pálidos, ansiosos, procurando maneiras e meios de usar. E, nos, como co- dependentes inveterados e obedientes a nossa doença, o acompanhamos e partilhamos de sua infinda agonia. Nos deparamos com este quadros e perguntamos mentalmente: O que será que vai acontecer agora? E, mais uma vez dominados por nossa doença aceitamos o torpe convite para compartilhar seus processos de agonia e destruição.
Em alguns em raros momentos, depois da euforia do uso, pedem colo, perdão e com partilham a sua dor e arrependimentos. Isso faz de nós responsáveis e cúmplices, nos remetendo a uma responsabilidade individual pela vida deles. Como se tivéssemos a obrigação de ajudá-los a qualquer preço e ficamos mais fracos, vulneráveis e impotentes. Então, a teia de ressentimentos e mágoas que começa a ser tecida envolvida pela auto piedade, nos envolve, impedindo uma iniciativa de libertação. Tolindo nossa capacidade de ação e decisão.
Se pudéssemos, trocaríamos de lugar com eles, apenas para não os vê-los sofrer. Estaríamos certos de que, em posições diferentes, reverteríamos o quadro de destruição e que saberíamos o que fazer...
Damos o nosso melhor para convencê-los de que o que vivem não é certo, não é bom. E, quando achamos em um ápice de auto- engano, que conseguimos persuadi-los, recomeça todo o ciclo mortal novamente. Recuperamos nossa esperança apenas para perde-la no momento seguinte. Nossas expectativas irreais nos esgotam mentalmente e emocionalmente. Perdemos até mesmo a capacidade de rezar... Nossas mentes não param de trabalhar tentando achar uma solução para tudo que estamos vivendo.
Precisamos nos render, somos impotentes perante eles. Não somos culpados por nos sentirmos assim. Mas, somos responsáveis em tentar mudar o que se passa dentro de nós, colocando ação para modificar aquelas coisas que podemos.
Não podemos nos impedir de pensar ou sentirmos dor diante da situação em que eles se encontram, mas podemos não agir em função desses pensamentos e sentimentos. Precisamos não ceder aos nossos instintos protetores.
Precisamos pensar em nós e tentarmos nos colocar em primeiro lugar naquela relação. Podemos abrir mão de remoer soluções irreais e começar a entregar a situação nas mãos de quem realmente pode resolve-la: Deus!
Substituimos ódio e amor doentio, por fé e entrega.
"Desligar-se emocionalmente não significa abandono, significa que não estamos mais lutando, estamos entregando."
Saimos da frente de Deus e o deixamos agir segundo a sua vontade. Não podemos passar pelos fundos de poços juntamente com nossos adictos. Eles mesmos tem que passar individualmente. Pode ser cruel, mas a derrota é um ingrediente necessário para o inicio da rendição e da admissão que se tem um problema e até mesmo para a chegada de um pedido de ajuda.
Enquanto a família for a "facilitadora" do uso, poderá estar matando seu adicto. Aprendemos a importância da palavra NÃO!
Não podemos mudar o outro, só podemos modificar a nós mesmos. Por mais que tentemos controlar o outro, sempre fracassaremos em nossas investidas. Devemos nos perguntar até que ponto esta esgotante jornada de controle valerá a pena? Devemos ser honestos conosco, e por um instante e questionarmos: Podemos controlar nossos adictos? Podemos lidar com eles sem nos descontrolarmos a todo instante? Podemos modificá-los? A resposta é bem simples e óbvia: Não podemos controlar nossas ações, impulsos, emoções e por fim, não podemos moldar o outro a nossa maneira. Podemos mudar somente a nós mesmos e admitir isso, já é um bom começo para inicialização da recuperação da codependência.
"Hoje, começo a entender que o amor não pode estar condicionado a nada.
Que amor e controle juntos, não é amor, mas sim doença.
Se eu não libertar, jamais me sentirei livre também."
Devo orar por sanidade e cuidar-me através dos princípios espirituais de honestidade, mente aberta e boa vontade, Para que minha mão possa estar estendida na hora certa em que o pedido de ajuda vier.
E, que o meu emocional ,mental e espiritual estejam sincronizados, na mesma sintonia, NADA MUDA SE EU NÃO MUDAR!
O melhor sempre está por vir.

Informações sobre os prefácios das minhas obras


https://www.facebook.com/EscritoraDarleaZacharias?ref=hl

Darléa Zacharias, autora de livros de autoajuda. Codependência e dependência química.


Lancei a minha primeira obra literária auto biográfica intitulada "Drogas o árduo caminho da volta- Coragem para mudar", na livraria Travessa, Barra Shopping, RJ, no ano de 2009. O livro foi e ainda é um sucesso ( já estamos indo para a segunda edição) porque cumpriu perfeitamente bem a sua proposta de ajudar milhares de dependentes químicos e seus familiares. Agora, nesta segunda obra: Inimigo Oculto - Foco, Força e Fé, venho expondo, na prática, nua, profunda e cruamente o mundo das dependências químicas, emocionais e todas as suas obscuras nuances.


O meu trabalho já está sendo introduzido com sucesso em inúmeras clínicas de recuperação, contribuindo para uma melhor compreensão deste vasto universo da adicção.

SUMÁRIOS

Inimigo Oculto:


Prefácio ...............................................................................

9 Introdução .........................................................................

13 Capítulo 1 : Quem sabe faz a hora não espera acontecer ...................

23 Capítulo 2 : Primeiros erros ..................................................................

31 Capítulo 3 : Mulher maravilha às avessas ...........................................

56 Capítulo 4 : Render-se para vencer! .....................................................

97 Capítulo 5 : Usar drogas: uma questão de escolha! ...........................

139 Capítulo 6 : Drogas leves? Como assim? ............................................

162 Capítulo 7 : Adicção e codependência: uma mistura explosiva! ......

183 Capítulo 8 : O meu louco, estranho e exigente amor ........................

205 Capítulo 9 : O Dependente Químico e a Codependência .................

219 Capítulo 10 : Quem sabe faz a hora não espera acontecer ..................

243 Capítulo 11 : Primeiro eu! A amar, aceitar e perdoar ..........................

265 Capítulo 12 : Gratidão ...........................................................................

286 Capítulo 13 : A minha fé .......................................................................319 

352 páginas


livro Drogas - O Árduo Caminho da Volta:

O que é uma adicta? 
O Diário de uma Adicta 
A Infância 
Adolescência 
Primeiro Casamento 
Início do Uso de Drogas 
Deus me Mandando Recado 
A Primeira Vez em um Grupo de Recuperação 
Fim do Casamento 
Oscilação de Humor 
Problemas Comportamentais 
Aprendendo a Viver 
Conhecendo Meu Segundo Marido 
Recaída 
Das Trevas para a Luz 
Depressão e Síndrome do Pânico 
Álcool para mim é Droga! 
Fazendo Por Mim 
O Perigo Mora ao Lado 
Meu Grande Amor 
Uma Nova Maneira de Viver 
Poesias 
Carta de Despedida às Drogas 
Viva o Dia de Hoje Intensamente, Pois Ele Nunca Mais Voltará!

Livros de autoajuda.
Estes livros prometem seguir uma linha sinuosa e divergente do inusitado mundo das dependências químicas e emocionais.
Abordando temas complexos, auxiliando na recuperação da codependência e da dependência química.

Para adquirir estes livros acesse:www.darleazacharias.com.br

Gratidão

Lembre-se dos dias em que você rezava pelas coisas que reclama agora!!         Seja grato!!