Na adolescência, me
envolvi com o álcool e já na idade adulta, conheci outras drogas. No inicio foi
uma lua de mel. Achei que havia encontrado a formula mágica para todos os meus
problemas. Usava nos fins de semana, controladamente. Gostava de ficar naquela
roda de amigos que usavam para se divertirem. Usava quando queria, até o dia em
que comecei a ser usada e a necessidade de uso tornou-se algo mais forte do que
eu. A minha vida se transformou em um grande festival de insanidades, e, aos
poucos, fui morrendo por dentro.
Sempre me prometia parar a cada besteira que
cometia. Pensava que poderia largar as drogas quando quisesse, até perceber que
eu havia me tornado uma dependente, uma adicta.
Fui internada contra minha vontade em um hospital
psiquiátrico. Lá, os médicos me diagnosticaram esquizofrênica, maníaco
depressiva e dependente químico, em último estágio. Pedi tudo. Meu casamento,
meus filhos e pelas drogas, quase perdi a vida. Eu me via completamente sem saída. Achava que
para mim era o fim. A cada dia, a cada amanhecer, eu necessitava de mais doses
para anestesiar a dor de viver e encarar a minha fracassada realidade.
Quando saí da minha última internação, conheci os
grupos de mútua ajuda. Lá, encontrei pessoas com diferentes períodos de tempo
limpo. Elas estavam sem usar drogas a dias, meses e até mesmo a anos e viviam
felizes por isso. Me explicaram que o programa era de identificação. E, que eu
poderia me recuperar ali também, junto deles, se quisesse. Falaram-me sem
rodeios sobre a doença da adicção. Disseram que ela é progressiva, incurável e
fatal, que mata desmoralizando. Me explicaram, que o adicto era todo homem ou
toda mulher cuja vida fosse controlada pelas drogas.
Eu nunca havia ouvido falar nesta palavra:
ADICÇÃO. Disseram-me que a adicção é a doença da compulsão e obsessão. Para um
adicto, uma dose era demais e mil não bastavam. Então, percebi que obsessão era
aquela idéia fixa, que me levava sempre de volta a primeira dose, mesmo sem
querer, e a compulsão era o que acontecia comigo quando usava alguma substancia
que alterasse o meu humor e eu não conseguia mais parar. Percebi que eu era
como uma escrava mesmo. Uma REFÉM DO USO.
Havia algo de diferente em meu organismo, e eu não sabia muito bem o que era. Mas, sei que de algum modo, eu era diferente das outras pessoas que usavam comigo. Elas conseguiam usar drogas e voltar para suas casas. Retomavam suas vidas, e eu, não conseguia. Vivia sempre querendo mais uma dose para tapar o enorme vazio que as drogas me deixavam na volta. Nada me bastava! Nem um choppinho, nem um baseadinho, nem um tequinho. Tudo que era inho, terminava em ao, sempre! Após conhecer os grupos da mútua ajuda, podia entender o que era. Era uma espécie de alergia mortal as drogas! Perguntei aos membros mais antigos como se contraía aquela doença e me disseram que ninguém sabia ao certo. Nenhum estudo científico poderia explicar como se adquiria a doença adicção. E, que isso era o que menos importava naquele momento. Que o essencial era tratar urgentemente a doença e entender que a recuperação era possível, através dos 12 passos. Naquela altura dos fatos, não mais me importava saber como tudo aquilo aconteceu. Eu não tinha escolha, ou parava de usar rápido ou morreria dos horrores da adicção ativa. Comecei a voltar as reuniões e vi o primeiro brilho em meus olhos despontar. Recuperei a auto - estima, desejo de mudar e principalmente vontade de viver. Comecei a trabalhar, fiz cursos, recuperei meus filhos, me casei- me novamente... Escrevi um livro, onde conto tudo que passei e está ajudando milhares de pessoas.
Havia algo de diferente em meu organismo, e eu não sabia muito bem o que era. Mas, sei que de algum modo, eu era diferente das outras pessoas que usavam comigo. Elas conseguiam usar drogas e voltar para suas casas. Retomavam suas vidas, e eu, não conseguia. Vivia sempre querendo mais uma dose para tapar o enorme vazio que as drogas me deixavam na volta. Nada me bastava! Nem um choppinho, nem um baseadinho, nem um tequinho. Tudo que era inho, terminava em ao, sempre! Após conhecer os grupos da mútua ajuda, podia entender o que era. Era uma espécie de alergia mortal as drogas! Perguntei aos membros mais antigos como se contraía aquela doença e me disseram que ninguém sabia ao certo. Nenhum estudo científico poderia explicar como se adquiria a doença adicção. E, que isso era o que menos importava naquele momento. Que o essencial era tratar urgentemente a doença e entender que a recuperação era possível, através dos 12 passos. Naquela altura dos fatos, não mais me importava saber como tudo aquilo aconteceu. Eu não tinha escolha, ou parava de usar rápido ou morreria dos horrores da adicção ativa. Comecei a voltar as reuniões e vi o primeiro brilho em meus olhos despontar. Recuperei a auto - estima, desejo de mudar e principalmente vontade de viver. Comecei a trabalhar, fiz cursos, recuperei meus filhos, me casei- me novamente... Escrevi um livro, onde conto tudo que passei e está ajudando milhares de pessoas.
Hoje, sou livre, sou gente e estou de volta a
sociedade. Aprendi a me amar e a valorizar cada momento da minha vida, pois ele
é único.
É possível voltar a viver e ser feliz, basta
querer!
oi Darlea, sempre vejo seu blog não todo dia, mas quando entro... faço questão de ler do ultimo dia que havia lido ate o ultimo dia que vc escreveu... que legal que vc esta escrevendo outro livro... e eu ainda não li o 1º..mas ainda vou comprar e ler... bjss querida...
ResponderExcluirOi Linda. Fico muito feliz em saber que vem aqui sempre que pode.
ResponderExcluirSeja muito bem vinda.
Obrigada pelo carinho.
Bjs